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A Terapia pode te ajudar a ter uma boa autoestima

Atualizado: 5 de mai. de 2023



A autoestima é uma das fontes essenciais da alegria de viver, pois permite que você se aceite, ame a si mesmo e possa amar os outros. Ela pode ser ampliada ao longo da vida inteira. Por isso, propomos a você começar imediatamente a prioriza-la!


Para poder ser tudo o que você é, bem como oferecer ao planeta tudo o que pode oferecer, você deve dispor de uma boa autoestima, a fim de ser capaz de manifestar tudo o que se esconde dentro de si mesmo.


O que é autoestima?


Autoestima é o resultado da visão geral que uma pessoa tem de si mesma. A autoestima é uma moeda frágil e instável, que aumenta quando respeitamos os nossos próprios valores e diminui toda vez que o nosso comportamento se contradiz.


Quem tem boa autoestima costuma apresentar os seguintes comportamentos:


  • Facilidade para mudar: não costumam conviver com pessoas ou ambientes negativos ou desfavoráveis;

  • Confiam em si: não costumam levar em consideração o julgamento de outras e absorvem apenas o que pode lhe render frutos positivos;

  • Lidam bem com seus pontos fracos: fraquezas ou defeitos são aspectos para serem superados e não vitimados;

  • Cuidam de si: em geral, buscam bons hábitos alimentares, praticam atividades que favorecem a saúde e os cuidados com o corpo;

  • Tomam atitudes: a autoestima funciona como combustível para não ficar em cima do muro ou com dúvidas sobre qual caminho seguir;

  • São seguras: por se sentir bem consigo próprio, não costumam se autoafirmar por suas qualidades ou feitos;

  • Nem modesto, nem arrogante: arrogância é uma condição de supervalorização e a modéstia é de inferiorização;

  • Lidam bem com a solidão ou o desapego: procuram compreender certos afastamentos do que impedir ou sofrer por eles;

  • Sabem dizer não: não têm vergonha ou sentimento de injustiça ao negar algo a alguém, buscando sempre ter uma atitude justa consigo e com os demais.


O problema da baixa autoestima


O problema da baixa autoestima é uma série de comportamentos que podem, a longo prazo, ser prejudiciais para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Uma pessoa com baixa autoestima pode, por exemplo, ter dificuldade em dizer não e até mesmo se sentir inferiores e incapazes.


É importante prestar atenção aos mínimos sinais que a baixa autoestima pode apontar na sua vida, para que você possa o quanto antes tentar trabalhar isso.


O tratamento com a psicoterapia é necessário para que você crie ferramentas de superação e desenvolva melhor as suas capacidades, a autoconfiança, a sua própria aceitação como ser humano e suas habilidades sociais.


Entre as principais características das pessoas com baixa autoestima, podemos perceber:

  • Falta de confiança;

  • Timidez em excesso;

  • Medo de ser rejeitado;

  • Problematiza as suas limitações;

  • Precisa de elogios e reconhecimento dos outros para se sentir satisfeito consigo mesmo;

  • Não sabe receber críticas;

  • Competitivo com os outros e está sempre se comparando;

  • Tem por hábito a procrastinação;

  • Perfeccionismo;

  • Não reconhece suas vitórias e sucessos.


Como a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) pode ajudar?


A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem psicológica que foi desenvolvida por Aaron Beck a partir das ciências cognitivas. Um de seus pilares teóricos é a relação entre os pensamentos, as emoções e os comportamentos humanos. Logo, ela busca ajudar o paciente a entender como esses aspectos se integram na sua vida.


Por isso, a autoestima e terapia cognitivo-comportamental são assuntos muito próximos. Um psicólogo da TCC pode ajudar o paciente a desenvolver mais autoestima a partir de técnicas que o levem a compreender sua situação atual e a modificar padrões para que sejam mais funcionais.


Algumas técnicas usadas:


Desconstrução de crenças


Um dos primeiros elementos que são trabalhados é a identificação e a desconstrução de suas crenças. As crenças são padrões comportamentais que se desenvolvem ao longo da vida, a partir do que viveu e, principalmente, das suas relações.


Desse modo, é comum que dificuldades de autoestima estejam ligadas a relacionamentos difíceis, sejam familiares, com os amigos, amorosos, profissionais etc, que fizeram desenvolver distorções cognitivas sobre si mesma. Você pode sentir, por exemplo, que não é capaz de fazer boas amizades ou que não é competente no trabalho.


Na terapia, existe a possibilidade de desconstruir as crenças e fazer uma reestruturação cognitiva, ou seja, modificar os padrões de pensamento para enfraquecer as crenças negativas sobre si e desenvolver uma percepção mais positiva e funcional da própria vida.


Mudança de hábitos ruins


Identificar hábitos ruins que atrapalham o seu dia a dia. Esse é um processo a ser feito na terapia, pois a rotina de cada pessoa é muito particular e é necessário entender quais são os comportamentos que podem prejudicar a autoestima.


Uma intervenção útil feita no processo terapeutico é aprender a se planejar, de modo a entender o que lhe incomoda e listar de forma consciente mudanças que podem ser feitas. Com isso, aumenta o protagonismo na sua própria vida e muda os hábitos que não considera positivos.


Desenvolvimento do autoconhecimento


O centro de qualquer processo terapêutico é o autoconhecimento. A terapia comportamental tem o objetivo de ajudar o paciente você a se conhecer melhor inclusive, descobrindo aspectos que não percebia. Diversas técnicas, como o registro de pensamentos disfuncionais, são úteis nesse desafio.


Com o tempo, é possível que você vá entendendo melhor o que está por trás da sua baixa autoestima, como memórias, crenças negativas, relacionamentos disfuncionais, hábitos de autossabotagem etc. Identificá-los com o suporte do psicólogo e da TCC permite evoluir muito e ampliar o autoconhecimento.


Consequentemente, torna-se viável fazer uma redefinição da autoimagem. Afinal, se você descobre que sua autoestima está baseada em padrões negativos, é preciso modificá-los. O terapeuta atua mediando essa redefinição, ajudando você a ser mais racional e construir sua autoimagem a partir de pensamentos funcionais.


Revisão das relações


Como falamos, infelizmente existem relacionamentos que prejudicam a relação de uma pessoa consigo mesma, e algumas situações podem ser especialmente negativas para a autoestima. É o caso de vivências de desamparo na família, relacionamentos amorosos abusivos ou experiências de abuso moral no trabalho.


Em meio a desafios como esses, muitas pessoas podem não ter recursos para elaborar a situação e superá-la. Em diversos casos, os aspectos externos são interpretados internamente você passa a questionar a própria autoestima, vendo-se de maneira negativa a partir do que os outros viram.


Trabalhar a autoestima na psicoterapia cognitivo-comportamental permite não apenas rever as marcas que as relações deixaram, mas também revisá-las. No processo terapêutico, você pode desenvolver novas formas de estar em seus relacionamentos, fortalecendo sua autoestima e se cercando de pessoas que também façam isso, além de aprender a se proteger das que não fazem.


Atenção à inteligência emocional


A teoria da inteligência emocional é uma das mais relevantes na psicologia. Essa inteligência se refere à capacidade de identificar as próprias emoções e lidar com elas de maneira mais controlada, não se deixando levar por estados emocionais e apenas reagir a eles.


O psicólogo têm papel fundamental na mediação de seu paciente em relação à inteligência emocional. Muitas pessoas que procuram a terapia precisam desenvolver suas habilidades nesse campo para alcançar uma autoestima melhor e realizar diversos objetivos que ainda não atingiram.


Nesse sentido, uma estratégia interessante para o psicoterapeuta é promover exercícios que levem você a refletir sobre as próprias emoções, por exemplo, solicitando que você mantenha registros das situações que geram reações emocionais mais fortes. A partir daí, é possível identificar padrões e encará-los com mais inteligência emocional.


Análise de estratégias disfuncionais


Como você pode perceber, quando falamos de autoestima e TCC, um dos pontos centrais é conhecer os seus padrões cognitivos e comportamentais. Geralmente, eles não estão claros para você, que acaba reagindo e repetindo estratégias disfuncionais em diversas situações da vida.


Vamos imaginar alguém que viva consequências negativas relacionadas à autoestima na carreira. Talvez a pessoa não consiga se promover na empresa e até mesmo desista de compartilhar uma ideia ou argumentar algo diante de colegas de trabalho.


Se ela tem crenças sobre não ser boa o suficiente, pode ser frequente a estratégia disfuncional de não se destacar nos empregos ou chegar ao ponto de desistir deles. Na terapia, isso será analisado e há a possibilidade de rever as escolhas e as posturas da adotadas ao longo da vida.


RESUMINDO...


O Psicólogo, com a colaboração do paciente, irá identificar conexões entre pensamentos, sentimentos e comportamentos, auxiliando na alteração de padrões negativos. Ao utilizar técnicas para intervir tanto nas crenças limitantes quanto nos pensamentos disfuncionais, trabalha-se a ressignificação dos pensamentos, construindo crenças saudáveis e alinhadas com a realidade.


Ou seja, o psicólogo proporcionará o aprendizado de enfrentamento através das técnicas de:

  • Psicoeducação,

  • Reestruturação cognitiva,

  • Ativação comportamental,

  • Treinamento de assertividade,

  • Treinamento de solução de problemas e

  • Treinamento de habilidades sociais.

Pessoas com boa autoestima reagem a desafios e oportunidades de forma mais saudável e lidam com seus problemas de forma mais assertiva. Com a terapia, é possível desenvolver ou aprimorar habilidades de enfrentamento, tendo em mente que sempre é possível ressignificar eventos que repercutem em nossa autoestima. Ela evidencia saídas e respostas alternativas aos padrões habituais, orientando-nos para ideias mais gratificantes.


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Psicóloga Daiane Asevedo CRP 08/25359


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