A autoestima é uma das fontes essenciais da alegria de viver, pois permite que você se aceite, ame a si mesmo e possa amar os outros. Ela pode ser ampliada ao longo da vida inteira. Por isso, propomos a você começar imediatamente a prioriza-la!
Para poder ser tudo o que você é, bem como oferecer ao planeta tudo o que pode oferecer, você deve dispor de uma boa autoestima, a fim de ser capaz de manifestar tudo o que se esconde dentro de si mesmo.
O que é autoestima?
Autoestima é o resultado da visão geral que uma pessoa tem de si mesma. A autoestima é uma moeda frágil e instável, que aumenta quando respeitamos os nossos próprios valores e diminui toda vez que o nosso comportamento se contradiz.
Quem tem boa autoestima costuma apresentar os seguintes comportamentos:
Facilidade para mudar: não costumam conviver com pessoas ou ambientes negativos ou desfavoráveis;
Confiam em si: não costumam levar em consideração o julgamento de outras e absorvem apenas o que pode lhe render frutos positivos;
Lidam bem com seus pontos fracos: fraquezas ou defeitos são aspectos para serem superados e não vitimados;
Cuidam de si: em geral, buscam bons hábitos alimentares, praticam atividades que favorecem a saúde e os cuidados com o corpo;
Tomam atitudes: a autoestima funciona como combustível para não ficar em cima do muro ou com dúvidas sobre qual caminho seguir;
São seguras: por se sentir bem consigo próprio, não costumam se autoafirmar por suas qualidades ou feitos;
Nem modesto, nem arrogante: arrogância é uma condição de supervalorização e a modéstia é de inferiorização;
Lidam bem com a solidão ou o desapego: procuram compreender certos afastamentos do que impedir ou sofrer por eles;
Sabem dizer não: não têm vergonha ou sentimento de injustiça ao negar algo a alguém, buscando sempre ter uma atitude justa consigo e com os demais.
O problema da baixa autoestima
O problema da baixa autoestima é uma série de comportamentos que podem, a longo prazo, ser prejudiciais para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Uma pessoa com baixa autoestima pode, por exemplo, ter dificuldade em dizer não e até mesmo se sentir inferiores e incapazes.
É importante prestar atenção aos mínimos sinais que a baixa autoestima pode apontar na sua vida, para que você possa o quanto antes tentar trabalhar isso.
O tratamento com a psicoterapia é necessário para que você crie ferramentas de superação e desenvolva melhor as suas capacidades, a autoconfiança, a sua própria aceitação como ser humano e suas habilidades sociais.
Entre as principais características das pessoas com baixa autoestima, podemos perceber:
Falta de confiança;
Timidez em excesso;
Medo de ser rejeitado;
Problematiza as suas limitações;
Precisa de elogios e reconhecimento dos outros para se sentir satisfeito consigo mesmo;
Não sabe receber críticas;
Competitivo com os outros e está sempre se comparando;
Tem por hábito a procrastinação;
Perfeccionismo;
Não reconhece suas vitórias e sucessos.
Como a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) pode ajudar?
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem psicológica que foi desenvolvida por Aaron Beck a partir das ciências cognitivas. Um de seus pilares teóricos é a relação entre os pensamentos, as emoções e os comportamentos humanos. Logo, ela busca ajudar o paciente a entender como esses aspectos se integram na sua vida.
Por isso, a autoestima e terapia cognitivo-comportamental são assuntos muito próximos. Um psicólogo da TCC pode ajudar o paciente a desenvolver mais autoestima a partir de técnicas que o levem a compreender sua situação atual e a modificar padrões para que sejam mais funcionais.
Algumas técnicas usadas:
Desconstrução de crenças
Um dos primeiros elementos que são trabalhados é a identificação e a desconstrução de suas crenças. As crenças são padrões comportamentais que se desenvolvem ao longo da vida, a partir do que viveu e, principalmente, das suas relações.
Desse modo, é comum que dificuldades de autoestima estejam ligadas a relacionamentos difíceis, sejam familiares, com os amigos, amorosos, profissionais etc, que fizeram desenvolver distorções cognitivas sobre si mesma. Você pode sentir, por exemplo, que não é capaz de fazer boas amizades ou que não é competente no trabalho.
Na terapia, existe a possibilidade de desconstruir as crenças e fazer uma reestruturação cognitiva, ou seja, modificar os padrões de pensamento para enfraquecer as crenças negativas sobre si e desenvolver uma percepção mais positiva e funcional da própria vida.
Mudança de hábitos ruins
Identificar hábitos ruins que atrapalham o seu dia a dia. Esse é um processo a ser feito na terapia, pois a rotina de cada pessoa é muito particular e é necessário entender quais são os comportamentos que podem prejudicar a autoestima.
Uma intervenção útil feita no processo terapeutico é aprender a se planejar, de modo a entender o que lhe incomoda e listar de forma consciente mudanças que podem ser feitas. Com isso, aumenta o protagonismo na sua própria vida e muda os hábitos que não considera positivos.
Desenvolvimento do autoconhecimento
O centro de qualquer processo terapêutico é o autoconhecimento. A terapia comportamental tem o objetivo de ajudar o paciente você a se conhecer melhor inclusive, descobrindo aspectos que não percebia. Diversas técnicas, como o registro de pensamentos disfuncionais, são úteis nesse desafio.
Com o tempo, é possível que você vá entendendo melhor o que está por trás da sua baixa autoestima, como memórias, crenças negativas, relacionamentos disfuncionais, hábitos de autossabotagem etc. Identificá-los com o suporte do psicólogo e da TCC permite evoluir muito e ampliar o autoconhecimento.
Consequentemente, torna-se viável fazer uma redefinição da autoimagem. Afinal, se você descobre que sua autoestima está baseada em padrões negativos, é preciso modificá-los. O terapeuta atua mediando essa redefinição, ajudando você a ser mais racional e construir sua autoimagem a partir de pensamentos funcionais.
Revisão das relações
Como falamos, infelizmente existem relacionamentos que prejudicam a relação de uma pessoa consigo mesma, e algumas situações podem ser especialmente negativas para a autoestima. É o caso de vivências de desamparo na família, relacionamentos amorosos abusivos ou experiências de abuso moral no trabalho.
Em meio a desafios como esses, muitas pessoas podem não ter recursos para elaborar a situação e superá-la. Em diversos casos, os aspectos externos são interpretados internamente você passa a questionar a própria autoestima, vendo-se de maneira negativa a partir do que os outros viram.
Trabalhar a autoestima na psicoterapia cognitivo-comportamental permite não apenas rever as marcas que as relações deixaram, mas também revisá-las. No processo terapêutico, você pode desenvolver novas formas de estar em seus relacionamentos, fortalecendo sua autoestima e se cercando de pessoas que também façam isso, além de aprender a se proteger das que não fazem.
Atenção à inteligência emocional
A teoria da inteligência emocional é uma das mais relevantes na psicologia. Essa inteligência se refere à capacidade de identificar as próprias emoções e lidar com elas de maneira mais controlada, não se deixando levar por estados emocionais e apenas reagir a eles.
O psicólogo têm papel fundamental na mediação de seu paciente em relação à inteligência emocional. Muitas pessoas que procuram a terapia precisam desenvolver suas habilidades nesse campo para alcançar uma autoestima melhor e realizar diversos objetivos que ainda não atingiram.
Nesse sentido, uma estratégia interessante para o psicoterapeuta é promover exercícios que levem você a refletir sobre as próprias emoções, por exemplo, solicitando que você mantenha registros das situações que geram reações emocionais mais fortes. A partir daí, é possível identificar padrões e encará-los com mais inteligência emocional.
Análise de estratégias disfuncionais
Como você pode perceber, quando falamos de autoestima e TCC, um dos pontos centrais é conhecer os seus padrões cognitivos e comportamentais. Geralmente, eles não estão claros para você, que acaba reagindo e repetindo estratégias disfuncionais em diversas situações da vida.
Vamos imaginar alguém que viva consequências negativas relacionadas à autoestima na carreira. Talvez a pessoa não consiga se promover na empresa e até mesmo desista de compartilhar uma ideia ou argumentar algo diante de colegas de trabalho.
Se ela tem crenças sobre não ser boa o suficiente, pode ser frequente a estratégia disfuncional de não se destacar nos empregos ou chegar ao ponto de desistir deles. Na terapia, isso será analisado e há a possibilidade de rever as escolhas e as posturas da adotadas ao longo da vida.
RESUMINDO...
O Psicólogo, com a colaboração do paciente, irá identificar conexões entre pensamentos, sentimentos e comportamentos, auxiliando na alteração de padrões negativos. Ao utilizar técnicas para intervir tanto nas crenças limitantes quanto nos pensamentos disfuncionais, trabalha-se a ressignificação dos pensamentos, construindo crenças saudáveis e alinhadas com a realidade.
Ou seja, o psicólogo proporcionará o aprendizado de enfrentamento através das técnicas de:
Psicoeducação,
Reestruturação cognitiva,
Ativação comportamental,
Treinamento de assertividade,
Treinamento de solução de problemas e
Treinamento de habilidades sociais.
Pessoas com boa autoestima reagem a desafios e oportunidades de forma mais saudável e lidam com seus problemas de forma mais assertiva. Com a terapia, é possível desenvolver ou aprimorar habilidades de enfrentamento, tendo em mente que sempre é possível ressignificar eventos que repercutem em nossa autoestima. Ela evidencia saídas e respostas alternativas aos padrões habituais, orientando-nos para ideias mais gratificantes.
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